Participaram da reunião o presidente do sindicato, Auditor-Fiscal Kleber Cabral, o diretor-adjunto de Assuntos Parlamentares, Auditor-Fiscal Marcos Assunção, e os integrantes da DS Yone de Oliveira (vice-presidente), Fábio Galízia (ex-presidente) e Hugo de Oliveira.
Os Auditores-Fiscais parabenizaram a senadora pela vitória nas eleições, em sua primeira disputa eleitoral e como única mulher, no Mato Grosso do Sul, a concorrer ao Senado. A Direção Nacional e os representantes da DS se colocaram à inteira disposição da parlamentar, para auxiliá-la no exercício do mandato, tanto no que diz respeito a apoio técnico quanto à propositura de projetos de lei. “Queremos ser um sindicato propositivo”, afirmou o presidente Kleber Cabral. “Não estamos aqui pelo embate, puro e simples, mas para apresentar soluções”, ratificou Marcos Assunção.
Nesse contexto, o Sindifisco se dispôs a prestar subsídios para as discussões de temas importantes no Congresso, como as reformas previdenciária, tributária e administrativa. “A gente quer contribuir com toda nossa expertise e nossa estrutura”, acrescentou o diretor-adjunto de Assuntos Parlamentares.
Soraya Thronicke se mostrou aberta às sugestões e perguntou se já havia projetos na Casa apresentados pelo Sindifisco. Em resposta, Kleber Cabral citou o PLS 423/17 – que aumenta a punição para os crimes contra a ordem tributária e cria hipóteses de redução da pena (não extinção) no caso de pagamento dos débitos – e o PLS 425/17, que limita a adesão a programas de refinanciamento de débitos tributários (Refis/Perf), ambos apresentados pela Unafisco Nacional no âmbito da CPI da Previdência.
A senadora também demonstrou interesse em projetos que visem a desburocratização, bandeira amplamente defendida pelo seu partido ao longo da campanha eleitoral. A Diretoria de Assuntos Parlamentares do Sindifisco apresentará à parlamentar todas as 19 minutas de projetos de lei, já desenvolvidas pelo sindicato, sobre temas diversos, que ainda não foram levadas ao Congresso.
Soraya Thronicke também perguntou aos Auditores-Fiscais quais seriam seus maiores gargalos e, como resposta, Yone de Oliveira falou da necessidade de se garantir mais segurança e autonomia à classe, especialmente para aqueles que trabalham nas regiões de fronteira. A própria senadora reconheceu que o Mato Grosso do Sul é uma das principais rotas para o tráfico de drogas e armas, o que demanda uma maior atuação dos Auditores.
Yone comentou que as grandes máfias por trás do tráfico, muitas delas influentes na esfera institucional, representam ameaças reais à fiscalização. “É difícil trabalhar sem ferir algum interesse”, disse a vice-presidente da Delegacia Sindical. “Além da segurança pessoal, temos a questão da politização e das represálias. (...) E quanto mais politizado, pior nossa condição para enfrentar esses crimes”, complementou.
A senadora se dispôs a contribuir pela melhoria da atuação da Receita Federal e, ao fim da reunião, afirmou que manterá o gabinete aberto para receber as sugestões dos Auditores-Fiscais. “Me ajudem a ajudar! Tragam soluções pra mim porque vocês é que sabem a solução”, encerrou Soraya.
JORNALISMO DEN
Last modified on Sexta, 15 Fevereiro 2019