No encontro, dirigido pelo presidente Edison Guilherme Haubert, os membros debateram, entre outros temas da pauta, a Reforma da Previdência e a Medida Provisória 871/19. Também compareceram à reunião os ex-diretores da pasta Nélia Cruvinel e Castelo Bessa, atuais diretores do Mosap, além de outros membros do Instituto.
O analista político e diretor do Diap (Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar) Antônio Augusto de Queiroz, o Toninho do Diap, participou do debate e fez considerações a partir de um artigo de sua autoria: “O servidor na Reforma da Previdência de Bolsonaro”.
Segundo Edison Haubert, o momento enseja que as diversas carreiras que integram o Mosap debatam juntas essas questões, de modo a avaliar os riscos futuros e, com uma atuação unida, possam alinhar ações com o objetivo de reduzir prejuízos.
Toninho avaliou o que se pode prever a partir das primeiras ações do Governo e sugeriu que a abordagem pelo diálogo é o melhor caminho para a construção de um texto mais equânime. “Ser contra a Reforma da Previdência hoje é perda de tempo”, defendeu o analista político, ao explicar que as mudanças devem alcançar aprovação no Congresso Nacional.
Para ele, é importante evitar nesse momento que as alterações atinjam apenas os assalariados e os que dependem da aposentadoria, buscando garantir, ao menos, “que o prejuízo desse reajuste seja proporcional à capacidade contributiva de cada um”.
Para o diretor Zoldan, que é membro vitalício do Conselho Consultivo do Mosap, juntamente com Domingos Ferdinando Travesso (ambos fundadores do Instituto Mosap), a atuação nas bases deve ser fortalecida. Nesse sentido, o Auditor-Fiscal relembrou as conquistas alcançadas na época da Constituinte de 1988, que foram fruto de um trabalho parlamentar, nas bases, bem planejado e executado.
Ao referendar o argumento apresentado pelo colega e defender a união entre as carreiras, Castelo Bessa relembrou de outras ferramentas que podem fortalecer o discurso, como a efetiva cobrança dos créditos tributários, incluídos os da Previdência Social. Juntos, eles resolveriam por anos o déficit fiscal, sem precisar sacrificar mais a população, principalmente, os trabalhadores e servidores públicos.
Por fim, o presidente do Mosap apresentou a campanha de mídia, direcionada ao novo governo. Nos dias 30 e 31 de janeiro, foram instalados outdoors e faixas, no Aeroporto de Brasília e na entrada da Câmara dos Deputados, com mensagens de boas-vindas ao presidente, aos ministros e aos parlamentares. A próxima reunião do Instituto Mosap está marcada para o dia 12 de março.
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