Ao longo de sua fala, o Auditor-Fiscal pontuou que a defasagem da tabela impacta de maneira gravosa aos contribuintes da primeira faixa de isenção, ou seja, quem aufere rendimentos menores. “O valor da primeira faixa [de quem precisa declarar] que hoje é de R$ 1.993,98 deveria estar em torno de R$ 3.689,93, segundo os cálculos do sindicato. [...] Quem recebe até esse valor deveria estar isento”, afirmou.
A correção dos gastos com educação e saúde também foi abordada, sendo destacado pelo representante dos Auditores que, em 1988, aluguel e juros pagos em empréstimos imobiliários faziam parte do rol de deduções. “Não só a correção, mas outros itens de dedução deveriam ser revistos para manter a capacidade contributiva da forma como foi estabelecido o imposto”, defendeu.
“O mais importante é explicar para a população que a ausência de correção da tabela do imposto de renda prejudica, e muito, a economia, pois boa parte dessa carga tributária poderia ir para o consumo de bens”, pontuou o Auditor-Fiscal ao final.
Ouça a entrevista na íntegra clicando aqui