O vice-presidente da DS São Paulo do Sindifisco, Auditor-Fiscal Pedro Hiroshi Kawamoto, relatou as difíceis condições em que se encontra a Receita Federal após o corte de 36% nominal no orçamento do órgão. Citou, como exemplo, a recente decisão de transferência dos servidores da DERAT-SP alocados no prédio situado à Rua Luís Coelho para outro, próprio, localizado no Pacaembu, justificada por uma economia de gastos com aluguel inferior a 0,1% dos 203 bilhões de reais arrecadados pela unidade em 2019.
Kawamoto registrou, ainda, todo o trabalho feito nos últimos 14 anos para garantir que o prédio da Luís Coelho tenha de condições de ambiência de excelente nivel para o serviço lá exercido. Para ele, contribuiria mais com o resultado final do orçamento fiscal, um programa de incremento da arrecadação (baseado em ambiência, pertencimento, segurança e reconhecimento institucional). Concluiu lembrando que grandes empresas, sobretudo nas funções laborais que exigem uso da inteligência e criatividade, atuam no sentido inverso, ao oferecer espaços lúdicos, de integração e relaxamento para os seus funcionários (e que, naturalmente, propiciam trocas de informação e expertise).
O deputado, por sua vez, registrou que sempre defendeu a valorização dos Auditores estaduais pela importância desta categoria para a arrecadação paulista, fundamental para a execução das políticas públicas. No caso da Receita, considera essa questão ainda mais clara, sendo um contrassenso não garantir as condições necessárias para que o trabalho dos servidores aconteça da melhor maneira possível.
Por fim, se comprometeu a discutir o assunto com a bancada federal do MDB, em especial com o presidente nacional do partido Baleia Rossi.
O encontro contou com a presença da diretora dos Aposentados da DS Grande ABC, Auditora-Fiscal aposentada Tânia Montevechi Nogueira, que falou da preocupação da categoria sobre o momento, sem precedentes na história do país, de ataques à Receita e ao servidor público.
Finalmente, o presidente do Sinal São Paulo do BACEN, Aldomar Santos, além de Daro Piffer, diretor Financeiro e do Jurídico, alertaram, também, sobre os cortes orçamentários e sobre o fim do atendimento presencial na unidade de São Paulo, que em 2019 atingiram o número de 56.000.