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Em artigo publicado na edição de sábado (20/10) do jornal Correio Braziliense, o presidente do Sindifisco Nacional, Auditor Fiscal Cláudio Damasceno, denuncia o rombo de R$ 23 bilhões em renúncias fiscais, previsto para 2019 no PLOA (Projeto de Lei Orçamentária Anual), que foi encaminhado ao Congresso Nacional.

Em um período de dificuldades econômicas, onde tanto se foi cortado e empurrado para a conta do trabalhador, Damasceno questiona o que motiva o governo a abrir mão dessas receitas. A medida vai na contramão do que o Sindicato defende dentro da campanha Imposto Justo, e “atropelam o artigo 14 da Lei de Responsabilidade Fiscal”.

Com relação a uma possível contrapartida por parte das empresas beneficiadas, o presidente do Sindifisco recordou a afirmação do TCU (Tribunal de Contas da União) de que “as renúncias não têm nenhuma fiscalização sobre seu efetivo resultado. O favorecido leva a vantagem, mas não entrega o combinado”, explicou.

Na mesma linha, é incompreensível a política de refinanciamento de dívidas constantemente adotada, e igualmente criticada pelo Sindicato. Sobre esse, Cláudio Damasceno cita o estudo da OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico), que registra o limite de parcelamento de 12 ou de 24 meses em outros países. Enquanto isso, no Brasil esse prazo varia de 60 a 180 meses.

Conforme é defendido na proposta do Sindifisco para o Imposto Justo, Damasceno ressalta que “se fossem cobrados lucros e dividendos de acionistas, o potencial de arrecadação seria pelos R$ 18 bilhões. E se embarcações e aeronaves não comerciais pagassem IPVA [Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores], estimam-se R$ 4,7 bilhões em caixa, em média, todos os anos”.

Promover essas desonerações e renúncias fiscais significa buscar recursos em outros setores para tampar o buraco. “Pode ser pela medida provisória que congela até 2020 o reajuste do funcionalismo; ou pelos parcos R$ 98 mil repassados, até agosto, ao Museu Nacional (hoje paredes, cinzas, entulho e politicagem); ou por empenhar apenas R$ 859 milhões no Orçamento de 2019 para financiar pesquisas científicas”.

Promessas de campanha — “Mirabolantes e eleitoreiras”, foi como o presidente do Sindifisco Nacional classificou as propostas de atualização da tabela do IR (Imposto de Renda) apresentadas pelos candidatos à Presidência da República, em entrevista concedida no sábado (20/10) à coluna Esplanada, do jornal Folha de Vitória.

Ao citar a campanha Imposto Justo, lançada pelo Sindicato, Cláudio Damasceno explicou que essa é uma bandeira antiga dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil, no entanto, “não nos patamares defendidos pelos presidenciáveis Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT). Estudos da entidade apontam para uma defasagem de 88,4 na tabela do IR. Por este critério, a faixa de isentos passaria dos atuais R$ 1.903,98 para R$ 3.56,56”, conforme cita a coluna.

 

Jornalismo DEN

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Sobre o Sindifisco

A DS (Delegacia Sindical) São Paulo é a representação paulistana do Sindifisco Nacional (Sindicato Nacional dos Auditores-Fiscais da Receita Federal do Brasil), localizado em Brasília, uma das mais influentes entidades sindicais do país, que mantém constante interação com o Congresso Nacional, órgãos do Poder Executivo e Judiciário e entidades classistas nacionais e internacionais.