wrapper

Últimas Notícias

Em julho de 2016, há aproximadamente um ano e meio, os superintendentes das dez Regiões Fiscais e os subsecretários da Suara, da Suari, da Sucor, da Sufis e da Sutri afirmaram ao Auditor-secretário da RFB (Receita Federal do Brasil), Jorge Rachid, que “não parece haver condições a esta ou qualquer outra equipe de administradores de conduzir os rumos da Instituição sem que o acordo seja cumprido”. Cartas semelhantes também foram assinadas pelos delegados de todas regiões do país.

Na carta (veja aqui) enviada ao secretário, a alta cúpula da RFB deixou claro o latente descontentamento da Classe e ressaltou que retroceder em um acordo firmado após tantas negociações traz intranquilidade, incerteza e insatisfação a Auditores Fiscais e, por consequência, aos administradores do órgão.

Mais adiante, admitem que este descumprimento do Governo instauraria uma enorme confusão administrativa, com prejuízos diretos aos cidadãos e ao próprio esforço governamental de ajuste fiscal, para o qual a Receita Federal concorre de forma definitiva.

O teor dessa carta revela que os administradores estavam dispostos a entregar seus cargos caso não houvesse solução para o acordo firmado com o Governo. Será que estavam mesmo?

Um ano e meio depois, a categoria se pergunta: - o que mudou nas suas posturas? Seriam os mesmos destemidos do início da Campanha Salarial ou nunca estiveram de fato insatisfeitos com o não cumprimento do acordo, cujos resultados também lhes trazem benefícios? Estariam preocupados com a RFB ou apenas com a manutenção de seus cargos?

É inadmissível que uma categoria se mobilize, empreenda todos os esforços, e receba de seus administradores apenas promessas vazias. Muitas demonstrações de coesão e comprometimento já foram dadas ao longo do movimento. Os trabalhos continuam paralisados nas repartições, as aduanas seguem sem liberação de mercadorias retidas nas alfândegas, o Carf coleciona cancelamento em suas sessões de julgamento, dentre outras ações reivindicatórias em curso. E os superintendentes, subsecretários e delegados? Quando sairão de suas zonas de conforto?

Dia 1º de março é a data marcada pelos Auditores para o Dia da Cobrança. É quando será exigida coerência de todos os administradores - de delegados ao secretário -, e questionado o que mudou para eles de julho de 2016 para cá. O objetivo é saber por que a insatisfação demonstrada no papel não se reflete na realidade.

Neste mesmo dia também será entregue um documento a todos os administradores, conforme deliberação do CDS (Conselho de Delegados Sindicais), dando ciência do voto de desconfiança da Classe aos mesmos.

Afinal, a categoria cobra uma posição e exige real compromisso com as promessas feitas, sob pena de que tais declarações sejam interpretadas como meras inverdades ou apenas palavras soltas ao vento.

 

Jornalismo DEN

Login to post comments

Sobre o Sindifisco

A DS (Delegacia Sindical) São Paulo é a representação paulistana do Sindifisco Nacional (Sindicato Nacional dos Auditores-Fiscais da Receita Federal do Brasil), localizado em Brasília, uma das mais influentes entidades sindicais do país, que mantém constante interação com o Congresso Nacional, órgãos do Poder Executivo e Judiciário e entidades classistas nacionais e internacionais.