Na avaliação da DEN, a falta do ministro confirma o que muito foi discutido durante a reunião do CDS (Conselho de Delegados Sindicais), ocorrida de 14 a 16 de agosto, em Brasília, quando foi informado ao colegiado que não existe mais nenhuma aversão política para a regulamentação do Bônus de Eficiência e que a resistência, agora, está dentro do Ministério da Fazenda e da própria Receita Federal do Brasil.
Mesmo acompanhando as notícias que vem sendo publicadas no site, sobre como os delegados receberam a notícia e ainda sobre a disposição da categoria pela continuidade da luta em prol da valorização do cargo, o ministro continua sem se pronunciar, em claro sinal de descompromisso com a categoria, que está em mobilização há quase três anos. Ao contrário do que se espera da atitude de um ministro de Estado, Guardia sumiu e parece indiferente à letargia que vem tomando a Receita Federal em decorrência da mobilização Classe e do desrespeito do Governo aos acordos por ele assumidos.
Ainda no retrospecto feito pelo presidente do Sindicato aos delegados, foi informado que Ministério da Fazenda e Receita Federal estão de costas para a regulamentação do Bônus de Eficiência sob a justificativa de um pedido da equipe econômica do Governo para que os reajustes já aprovados para as diversas categorias fossem adiados para 2020.
A justificativa passa longe do razoável e o argumento não se sustenta, já que os recursos para pagamento do bônus já estão previstos no Orçamento.
A postura de Guardia e também da Administração da Receita Federal é, por óbvio e acertadamente, repudiada pela categoria, conforme foi visto recorrentemente em manifestações durante o CDS, quando os delegados trouxeram o sentimento das bases para o debate. Ao contrário do que pode esperar do Governo, a Classe tem demonstrado que, apesar do longo período de mobilização, está erguida e com ombros fortes e preparada o enfrentamento que só deve acabar com a publicação do decreto de regulamentação do Bônus de Eficiência.
E, apesar de tudo isso, Guardia se omite. Afinal, por onde anda o ministro da Fazenda e os principais atores da Administração da Receita Federal do Brasil. E por que permitem que o descumprimento do acordo se arraste indefinidamente? A DEN entende que se, do lado de lá, não há interesse em uma resolução para o impasse, do lado de cá, os Auditores Fiscais devem permanecer unidos e deixar clara a discordância com essa situação.
Jornalismo DEN