Tal atitude vem gerando atrasos nas entregas de produtos adquiridos no exterior.
No texto, os Auditores Fiscais daquela unidade afirmam que “sentiram-se obrigados a adotar a operação padrão devido à falta de cumprimento, por parte do Governo Federal, do acordo assinado com a categoria”.
Abaixo, a DS/São Paulo reproduz na íntegra a nota dos colegas do SERPI:
MOVIMENTO HISTÓRICO NO RECINTO POSTAL DE SÃO PAULO
Um administrador dos Correios, com 32 anos de trabalho, afirmou que o movimento atual dos Auditores Fiscais da RFB não possui precedentes na história da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos - ECT.
Tal afirmativa deve-se ao fato de que 14 dos 15 Auditores Fiscais, lotados neste serviço, aderiram firmemente às orientações, tanto do CNM (Comando Nacional de Mobilização), quanto da própria DEN (Diretoria Executiva Nacional).
Como resultado da operação padrão adotada no recinto postal, destacamos:
A ECT enviou mensagem às suas 6.465 Agência Próprias e cerca de 1.100 Agências Franqueadas, localizadas por todo o país, informando que os serviços postais sofreriam atraso em virtude do movimento. Trata-se de divulgação extremamente significativa;
O Tempo de Atravessamento das remessas (prazo entre a entrada da remessa no recinto e sua saída para a área de expedição) pertencentes ao serviço de EMS (Express Mail Service) passou de 2 a 3 dias para quase 40 dias. Com isso, infelizmente, muitas pessoas não receberão os produtos adquiridos no exterior no prazo esperado, inclusive, como presente de Natal; uma vez que a estimativa para o retorno do Tempo de Atravessamento normal é de aproximadamente 60 dias, após o término da operação padrão. Nesse contexto, verificou-se que o número atual de remessas aguardando o despacho, apenas no EMS, é de cerca de 30.000 objetos.
As reclamações, via Ouvidoria da RFB, devido ao aumento do tempo para o desembaraço das remessas, subiram de, em média, 55 por mês, para 50 por dia;
O estoque de remessas aguardando autorização da RFB para devolução ao exterior passaram de 2.500 para 30.000 (números aproximados);
Importante destacar de que, em nenhum momento, houve perda de controle das remessas, e a operação padrão foi realizada com toda a responsabilidade que se exige de Auditores Fiscais. Ademais, produtos considerados sensíveis, como medicamentos, restos mortais, aparelhos médicos, perecíveis, etc., sempre tiveram tratamento prioritário.
Por último, enfatizamos que os Auditores Fiscais, lotados nos Correios, em São Paulo, sentiram-se obrigados a adotar a operação padrão devido à falta de cumprimento, por parte do Governo Federal, do acordo assinado com a categoria. E isso não foi fácil, pois, após uma luta árdua, desenvolvida principalmente nos últimos 18 meses, os serviços de desembaraço de remessas postais internacionais foram significativamente racionalizados, inclusive com a edição de um Manual próprio contendo todos os conceitos, controles e procedimentos desenvolvidos no âmbito postal.