A reunião foi acompanhada pela vice-presidente do Sindifisco Nacional, Maria Cândida Capozzoli, pelo diretor de Assuntos de Aposentadoria e Pensões, Castelo Bessa, e pela diretora de Defesa da Justiça Fiscal e da Seguridade, Assunta Di Dea Bergamasco.

Ao abrir a reunião, o coordenador da Frente, senador Paulo Paim (PT-RS), afirmou que a campanha contra a PEC 287 deve ser fortalecida por meio da expansão de comitês municipais criados em todo o País com o objetivo de sensibilizar o maior número possível de parlamentares. Segundo ele, alguns deputados – entre eles integrantes da base governista – já estão revendo suas posições como consequência da pressão exercida por representantes da sociedade civil. “Eu estou convencido de que, se a gente continuar avançando aqui dentro [do Congresso] e lá fora [nas bases], muitos ainda vão reconsiderar o apoio à PEC da reforma”, declarou Paim.

Ao tomar a palavra, a representante do Sindifisco Nacional, Assunta Di Dea Bergamasco, adotou um discurso duro contra a subtração de direitos dos trabalhadores proposta pela PEC. A diretora reafirmou o total apoio do Sindifisco Nacional à Seguridade Social, e não apenas da Previdência, e fez um apelo para que todas as 900 entidades parceiras “se coloquem frontalmente” contra a reforma. “Nosso sistema previdenciário tem que ser respeitado! Não pode ser alvo de mais uma reforma abusiva ao trabalhador”, enfatizou. Assunta também fez um alerta quanto à necessidade de as entidades e os parlamentares integrantes da Frente se contraporem à “propaganda enganosa” veiculada pelo Governo na imprensa, sob o slogan Previdência, reformar hoje para garantir o amanhã. “O amanhã de quem?”, indagou a diretora, em tom de revolta.

Depois de ouvir as entidades e os parlamentares presentes à reunião, o coordenador encaminhou pela criação de comitês mistos municipais – envolvendo, também, os vereadores na discussão da reforma –, pela intensificação da campanha diária da Frente contra a PEC 287 nas redes sociais, e pela realização de reuniões semanais da Frente, às quintas-feiras, na Câmara dos Deputados, a partir da segunda semana de março. Também sugeriu que os voluntários façam abordagens aos parlamentares, nos estados, tanto nos aeroportos quanto na casa de cada deputado ou senador. E, por fim, reforçou a ideia de se instalar uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para investigar a Previdência Social – uma petição no site Avaaz já conta com mais de 5 mil assinaturas.

Até o final de março, o senador Paulo Paim deve percorrer seis estados, como represente da Frente, participando de eventos e seminários organizados pela sociedade civil contra reforma. Na mesma linha, será realizado um ato público, na quarta-feira (22/2), no Auditório Nereu Ramos, na Câmara dos Deputados.

Também estiveram presentes à reunião da Frente os deputados Marco Maia (PT-RS), Enio Verri (PT-PR), Lincoln Portela (PRB-MG), Alessandro Molon (Rede-RJ), Henrique Fontana (PR-RS) e Nelson Pellegrino (PT-BA).

(notícia retirada do site da DEN)