A denominada Operação Nepsis – nome que na mitologia grega se refere a “vigilância interior, estado mental de atenção plena" – foi executada em conjunto com a Polícia Federal e a Polícia Rodoviária Federal, e teve ampla cobertura da imprensa.
Ao todo, foram efetuados 35 mandados de prisão preventiva e 8 mandados de prisão temporária. A organização criminosa estava ramificada em cidades do interior do Mato Grosso do Sul, São Paulo, Rio de Janeiro, Alagoas e Paraná – estados onde foram executados 43 mandados de busca e apreensão. A investigação também constatou o envolvimento de 12 agentes públicos, que já foram afastados do exercício de suas funções.
Logística – Segundo informou o delegado-adjunto da Delegacia da RFB em Campo Grande (MS), Auditor Fiscal Henry Tamashiro, a estruturação e a sofisticação do grupo chamaram a atenção dos investigadores. Os líderes, que definiam estratégias e ações, eram chamados de “patrões”. Em seguida, na hierarquia, vinham os gerentes, encarregados de cuidar da logística de execução do crime em cada região da rota de contrabando, e também por efetuar o pagamento dos demais envolvidos. "O contrabando de cigarros é um dos maiores problemas da cidade e, por isso, tem investição permanente que envolve RFB, PF, PRF e até Exercícito. Neste caso, a investigação durou dois anos, tempo necessário para montarmos o quebra cabeças. Só em 2017, estimamos que a organização criminosa tenha sido responsável pela entrada de 1.200 carretas de cigarros contrabandeadas do Paraguai", comentou o Auditor.
Os produtos tinham como destinação as regiões Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste.
Para a DEN (Diretoria Executiva Nacional), operações desse porte são o reflexo da dedicação dos Auditores Fiscais no trabalho de Fiscalização e combate ao contrabando. A Direção Nacional parabeniza a categoria pelo empenho, pois é esse serviço minucioso e alerta que viabiliza a execuções de ações similares a essa, de desarticulação do crime organizado.
Jornalismo DEN